A Vida Boa e a Boa Vida

A vida boa e a boa vida, por mais parecidas que sejam, são antagônicas.

A vida boa é a vida da virtude; a boa vida é a vida do vício; a vida boa é a de quem busca o bem; a boa vida é a de quem busca se dar bem; a boa vida até criou um adjetivo – o boa-vida – o preguiçoso que vive de brisa, que leva a vida na flauta.

Se você é um boa-vida, caia fora; não perca seu tempo lendo este post.

Mas, se você busca a vida boa, continue lendo. Leia este texto e leia também o clássico do padre Manoel Bernardes – Os Últimos Fins do Homem. Nele, você encontrará reflexões sobre o fim da nossa jornada terrena que ajudarão a tornar a sua vida mais boa.

O padre Manoel Bernardes nasceu em Lisboa (1644) e lá faleceu em 1710. Na Universidade de Coimbra, formou-se em Filosofia, Teologia e Direito Canônico. Pertenceu à Congregação do Oratório de São Filipe Nery. Sua obra escrita perfaz dezenove volumes e, por sua espiritualidade, linguagem e misticismo, é considerado um dos maiores escritores da língua portuguesa.

O livro em tela é um tratado espiritual dividido em duas partes. A primeira trata da singular Providência de Deus na salvação das almas; a segunda, das causas da perdição das almas, ou estradas comuns do Reino da Morte eterna.

O livro vem em primorosa edição em capa dura, papel pólen e diversos outros detalhes que denotam a preocupação da editora Molokai com o leitor. Desejo a você uma boa leitura e uma vida boa!

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Vacinados são maioria dos mortos por coronga nos EUA

Segundo notícia da revista Oeste de 24 de novembro, em agosto morreu mais gente vacinada do que não vacinada. Pela primeira vez, a maior parte dos mortos pelo coronga nos EUA recebeu pelo menos as doses iniciais da vacina.

Leia a reportagem completa intitulada Vacinados representam a maioria das mortes por covid nos EUA no site da revista Oeste.

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Confúcio e a Linguagem

Tzu-lu disse: “Se o senhor de Wei o encarregasse da administração (cheng) do estado, o que o senhor faria primeiro?”

O mestre disse: “Se algo tem de ser feito primeiro, é, talvez, a retificação (cheng)* dos nomes.”

Tzu-lu disse: “É mesmo? Que caminho indireto o mestre toma! Para que tratar da retificação?”

O mestre disse: “Yu, como você é atrapalhado. Espera-se que um cavalheiro não ofereça nenhuma opinião sobre aquilo que desconhece. Quando os nomes não são corretos, o que é dito não soará razoável; quando o que é dito não soa razoável, os negócios não culminarão em sucesso e ritos e músicas não florescerão; quando ritos e músicas não florescerem, a punição não encerrará os crimes; quando a punição não encerrar os crimes, o povo ficará desanimado. Assim, quando o cavalheiro nomeia algo, o nome com certeza terá uma função no seu discurso, e, quando ele disser algo, com certeza será algo passível de ser colocado em prática. Um cavalheiro é tudo menos casual quando se trata de linguagem.”

* Além de serem homófonas, as duas palavras chinesas têm uma mesma origem, assim mostrando que o conceito de “governar” era considerado relacionado ao conceito de “corrigir”.

Os Analectos, Livro XIII, 3.

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O Sacerdote não se Pertence

Se o sacerdote não se pertence, a quem pertence o sacerdote?

A editora Molokai acabou de lançar a quarta edição do livro O Sacerdote não se Pertence, de Fulton Sheen. A obra é destinada primeiramente a padres e seminaristas e secundariamente a todos os leigos desejosos de aprofundar a missão sacerdotal específica do seu estado. Diz o Catecismo: Os fiéis exercem seu sacerdócio batismal através de sua participação, cada qual segundo sua própria vocação, na missão de Cristo, Sacerdote, Profeta e Rei. É pelos sacramentos do Batismo e da Confirmação que os fiéis são “consagrados para ser… um sacerdócio santo” .

Sheen inicia o livro dizendo que o sacerdócio de Cristo foi diferente de todos os sacerdotes pagãos e do sacerdócio levítico da família de Aarão. No Velho Testamento e nas religiões pagãs, sacerdote e vítima eram distintos e separados; em Cristo, estavam inseparavelmente unidos. Os outros sacerdotes ofereciam mas não perdiam nada; Cristo, ao contrário, reunia em si tanto o sacerdócio como a condição de vítima. Como Ele se ofereceu pelos pecados, os sacerdotes devem se oferecer como vítimas.

“A perfeição de sua humanidade e a sua eterna glória como Sacerdote decorrem de ter Ele estado na condição de vítima. A sua perfeição não veio tanto de sua estatura moral, quanto de sua qualidade de Sacerdote-Salvador.” Nenhuma outra vítima seria digna do sacerdócio, senão Ele; vítima não apenas no Corpo mas também na Alma, triste até a morte.

Ao longo do livro, Sheen aborda temas como Eucaristia, relacionamento do sacerdote com Cristo e com o povo, Nossa Senhora, apóstolos, santidade, Espírito Santo, conversão, pobreza, pregação e oração, conselho, traição, Hora Santa, dentre outros, sempre aprofundando o significado do papel de vítima do sacerdote. Em outra obra (Vida de Cristo, editora Molokai), Fulton Sheen escreve: A ciência vem dos livros; a penetração de um mistério, do sofrimento. Oxalá a doce intimidade com Cristo Crucificado, fruto da tribulação, se derrame através destas páginas, concedendo ao leitor aquela paz que só Deus pode dar às almas, iluminando-o para compreender que toda a amargura é, realmente, “a sombra da sua Mão, estendida em gesto de carícia”.

No capítulo final, O sacerdote e sua mãe, Sheen diz que todo sacerdote tem duas mães, uma na carne, outra no espírito. Não há rivalidade entre elas; muitas vezes, um dos primeiros atos da mãe segundo a carne é pôr o filho aos pés da Mãe pelo espírito, como fez a mãe do autor. “Quantas foram as conversações secretas entre essas duas mães, em que a mãe pela carne rogava à mãe em Cristo que o fizesse, um dia, segurar uma hóstia e um cálice em suas mãos?”

Por fim, Sheen responde à pergunta inicial:

Nenhum sacerdote se pertence. Ele pertence à Mãe de Jesus, uma vez e sempre, o Sacerdote-Vítima.

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Quem seriam aqueles Freires?

Trecho do livro Nós e a Europa Germânica, de Gilberto Freyre (Grifo Edições, 1971, pág. 99-100)

Não faz muito tempo, um nosso compatriota residente em São Paulo, Alexandre Haas, transmitiu-me a informação de ter encontrado “num livro publicado em Seipzig, em 1910, por um Signor Salterino, sobre artistas célebres na Alemanha no decorrer do séxulo passado, referência a uns Freires – isto mesmo, Freires – artiastas brasileiros que se teriam tornado famosos entre alemães – em cuja sociedade teriam também se integrado de todo, germanizando-se. Não eram cantores de ópera nem mesmo de opereta; nem de teatro dramático ou mesmo cômico. Eram simplesmente acrobatas dos chamados artísticos: “Los Freire”. “Los Freire” teriam, já germanizados, vindo ao Brasil trazidos – ainda segundo aquele informante paulista – pela Empresa Cateysson, antecessora da Pascoal Segreto. Assunto que bem poderia ser esclarecido por um mestre neste gênero de pesquisas – a história de artistas e de empresas de teatro no Brasil – Brício de Abreu. Ou, ainda, pelos eruditos do Instituto Hans Staden, de São Paulo – tão pacientes quanto bem orientados nos seus estudos.

Como já indaguei em pequeno artigo publicado numa revista do Rio: quem seriam aqueles Freires? De que parte do Brasil? Que se sabe hoje dos seus descendentes alemães? Terá seu nome galaico-português – rigorosamente Freyre com y – se germanizado, por vezes, em Freyer?

Quase sagrada como é, para mim, a memória de um meu tio-bisavô, sacerdote e padre-mestre, desconheço, entretanto, a excelência – ou não – dos seus sermões. Mas não hesitaria em cultuar também a memória quase mundana de uns vagos “Los Freire” que, desgarrados do Brasil na Alemanha, terão sido, possivelmente, meus parentes, emigrados do trópico para terras frias. Freires – ou Freyres – artistas do trapézio; e talvez primos do Freire – ou Freyre – padre-mestre.

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Infiltrados – a trama para destruir a Igreja a partir de dentro

Taylor R. Maarshall, graduado em filosofia pela Texas A&M University e PhD também em filosofia pela Universidade de Dallas, é o autor do livro em epígrafe, publicado pela editora Ecclesiae. Nele, Marshall mostra a infiltração na Igreja ao longo dos dois últimos séculos por maçons, comunistas e modernistas. A obra analisa as aparições de La Salette e de Fátima, os conclaves e a descaracterização da liturgia, mostrando a atuação de personagens familiares como Fulton Sheen, Bela Dodd, os arcebispos Lefebvre e Viganò, todos os papas desde Gregório XVI (1831-1846) e muitos outros nomes menos conhecidos.

Muito interessante é a Instrução Permanente da Alta Vendita – documento secreto da loja maçonica Alta Vendita, dos Carbonari, obtido pela Igreja Católica em meados do séxulo XIX – detalhando como seria a infiltração da Igreja até chegarem ao objetivo máximo: o papado.

Após expor todas as etapas da infiltração, o autor chega à atual crise na Igreja e pergunta: o que fazer? E analisa cada uma das opões – Tornar-se um católico modernista? Tornar-se um ateu? Aceitar a posição protestante? Aceitar a posição sedevacantista? Aceitar a posição resignacionista: seria Bento ainda papa?

Não, nada disso.

Aceitar a posição “reconhecer e resistir” é a resposta. “Reconhecer e resistir” era a posição do Cardeal Ottaviani e do Arcebispo Lefebvre na década de 1960. O papa e os bispos de então eram reconhecidamente válidos, mas haviam incorrido em erros. Desde 1950, nenhum papa exerceu o magistério extraordinário de declarar qualquer coisa infalível ex cathedra; por isso, o católico pode resistir a erros pronunciados por um papa na internet, em entrevistas ou até mesmo em um documento papal.

O autor encerra o livro com uma exortação ao combate aos verdadeiros inimigos – Satanás e seus demônios – e com uma frase do Papa São Pio X: “Em nosso tempo, mais do que em qualquer outro, a principal força dos perversos reside na covardia e fraqueza dos homens bons.”

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