Taylor R. Maarshall, graduado em filosofia pela Texas A&M University e PhD também em filosofia pela Universidade de Dallas, é o autor do livro em epígrafe, publicado pela editora Ecclesiae. Nele, Marshall mostra a infiltração na Igreja ao longo dos dois últimos séculos por maçons, comunistas e modernistas. A obra analisa as aparições de La Salette e de Fátima, os conclaves e a descaracterização da liturgia, mostrando a atuação de personagens familiares como Fulton Sheen, Bela Dodd, os arcebispos Lefebvre e Viganò, todos os papas desde Gregório XVI (1831-1846) e muitos outros nomes menos conhecidos.
Muito interessante é a Instrução Permanente da Alta Vendita – documento secreto da loja maçonica Alta Vendita, dos Carbonari, obtido pela Igreja Católica em meados do séxulo XIX – detalhando como seria a infiltração da Igreja até chegarem ao objetivo máximo: o papado.
Após expor todas as etapas da infiltração, o autor chega à atual crise na Igreja e pergunta: o que fazer? E analisa cada uma das opões – Tornar-se um católico modernista? Tornar-se um ateu? Aceitar a posição protestante? Aceitar a posição sedevacantista? Aceitar a posição resignacionista: seria Bento ainda papa?
Não, nada disso.
Aceitar a posição “reconhecer e resistir” é a resposta. “Reconhecer e resistir” era a posição do Cardeal Ottaviani e do Arcebispo Lefebvre na década de 1960. O papa e os bispos de então eram reconhecidamente válidos, mas haviam incorrido em erros. Desde 1950, nenhum papa exerceu o magistério extraordinário de declarar qualquer coisa infalível ex cathedra; por isso, o católico pode resistir a erros pronunciados por um papa na internet, em entrevistas ou até mesmo em um documento papal.
O autor encerra o livro com uma exortação ao combate aos verdadeiros inimigos – Satanás e seus demônios – e com uma frase do Papa São Pio X: “Em nosso tempo, mais do que em qualquer outro, a principal força dos perversos reside na covardia e fraqueza dos homens bons.”
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