“É este o significado do progresso: o suicídio europeu. Esse suicídio ja teve vários nomes. Em certas épocas, chamávamo-lo de “revolução”, depois lhe demos o nome de “o direito de decidir das mulheres”, ou de tolerância para com “a religião da paz”, ou de “luta contra o aquecimento global”. Cada episódio, cada transgressão contra o intelecto, contra o espírito, cada toque de trombeta político é uma ferida aberta e um machucado que os europeus infligiram sobre si mesmos. Assim como Políbio escreveu sobre a repentina “escassez de crianças” na Grécia antiga, podemos escrever sobre a súbita “escassez de crianças” na Europa moderna. Devemos lembrar, nesse contexto, que não há continuidade entre os gregos modernos e os antigos, pois, segundo Gustave Le Bon, aqueles não descendem destes, já que os antigos desapareceram completamente. Se isso for verdade, deveria servir-nos de aviso – uma advertência para os que acreditam em homossexualismo, feminismo e nos preceitos de Epicuro.”

Techo do livro O tolo e seu inimigo, de Jeffrey Nyquist, publicado pela Vide Editorial.

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