Quando eu era moleque (ai ai…), tinha um amigo esquisitão com umas teorias meio malucas, talvez derivadas dos livros que ele lia – Eram os deuses astronautas?, Até quarta Isabela, A Ilha e por aí afora. Ele achava que a inteligência humana era de quantidade limitada e constante. Ou seja, à medida que a população crescia, essa quantidade era dividida pelos total de seres humanos e, portanto, a humanidade ia emburrescendo.
Lembrei disso dias atrás quando tive que desbloquear o cartão que recebi do banco. Segui as instruções da carta que recebi junto com o cartão e fui ao caixa eletrônico. A maldita máquina indicou um procedimento totalmente diferente das instruções da carta. Achei melhor, então, desbloquear o cartão pela internet (como também sugeria a carta). Nova decepção! A internet indicava um terceiro procedimento, diferente dos procedimentos da carta e do caixa eletrônico. Liguei para o gerente, que solucionou o caso com um quarto procedimento, diferente de todos os anteriores.
Esse tipo de coisa acontece em todo lugar – bancos, farmácias, mercados, repartições públicas… E, quando você tenta explicar para o atendente que um mais um é igual a dois, você é tratado como um esquisitão.
Acho que o meu amigo não era esquisitão. Desconfio que o esquisitão sou eu…
A maior parte da humanidade está mais preparada para voar do que para pensar.
Jonathan Swift
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E pensar que estas dificuldades e outros milhares de normas nos tornaram dependentes do estado full time, afastando a maioria do contato com a própria força da liberdade espiritual na presença de Deus.
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