Olavo nos deixa

No Twitter de Olavo de Carvalho:

“Nota de falecimento.

“Olavo Luiz Pimentel de Carvalho.

‘Com grande pesar, a família do professor Olavo de Carvalho comunica a notícia de sua morte na noite de 24 de janeiro, na região de Richmond, na Virgínia, onde se encontrava hospitalizado.

“O professor deixa esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos.

“A família agradece a todos os amigos as mensagens de solidariedade e pede orações pela alma do professor.”

Olavo passou o bastão; agora, a luta é conosco.

Repouse em paz, professor.

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Velhice não é doença

A OMS bem que tentou

Tornar velhice doença

Dessa vez o truque falhou

Não há mal que sempre vença.

Se passa essa maldição

Tava todo mundo lascado

A eutanásia era a solução

Pra todo velho cansado.

A trinca estava completa

Eutanásia-divórcio-aborto

A agenda estava repleta

De gente infeliz e morto.

A OMS globalista

Se assanha sem pudor

Eugenistas cabalistas

Rumo ao Estado redentor.

Alto lá, isso é Brasil!

Terra de Nossa Senhora

Com seu manto cor-de-anil

Por nós vela, olha e ora.

Nós já temos Redentor

Não queremos outro não

Temos Cristo Nosso Senhor

Sempre Olavo tem razão.

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História da Alimentação no Brasil

Livro de Luís da Câmara Cascudo (Editora Global, 972 páginas) de 1962/3.

Do Prefácio: “Em todas as pesquisas nunca esqueci de investigar sobre a alimentação popular em sua normalidade. E também nos dias festivos, ciclo religioso, a comida antiga, modificações, pratos que tiveram fama e são recordados como a mortos queridos. Sertão e praia, cidade e vila, pelo Nordeste, Sul, viagens fora do Brasil, estava vigilante na pergunta e registro.”

(…)

“Toda a finalidade dessa História da Alimentação no Brasil é no plano da notícia, da comunicação, do entendimento. Existe a evidência de expor padrões alimentares que continuam inarredáveis como acidentes geográficos na espécia geológica. Espero mostra a Antiguidade de certas predileções alimentares que os séculos fizeram hábitos, explicáveis como uma norma de uso e um respeito de herança dos mantimentos de tradição. A modificação desses usos dependerá do mesmo processo de formação: o tempo. Impõe-se a compreensão da cultura popular como realidade psicológica, entidade subjetiva atuante, difícil de render-se a uma imposição legislativa ou a uma pregação teória. Todos os educadores sabem que, na formação do rapaz e da moça, os hábitos da infância são gravação no granito e os posteriores escultura no gesso.”

(…)

“Essa História, nos seus limites de exposição, oferece à campanha nutricionista a visão do problema no tempo e a extensão de sua delicadeza porque irá agir sobre um agente milenar, condicionador, poderoso em sua “suficiência”: o paladar. A batalha das vitaminas, a esperança do equilíbrio nas proteínas, terão de atender as reações sensíveis e naturais da simpatia popular pelo seu cardápio, desajustado e querido. Falar das expressões negativas da alimentação para criaturas afeitas aos seus pratos favoritos, pais, avós, bisavós, zonas, sequência histórica, é ameaçar um ateu com as penas do inferno. O psicodietista sabe que o povo guarda sua alimentação tradicional porque está habituado; porque aprecia o sabor; porque é a mais barata e acessível. Pode não nutrir mas enche o estômago. E há gerações e gerações fiéis a esse ritmo.”

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Leitura obrigatória de um autor genial que o inimigo tenta, a todo custo, cancelar.

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Tá na mão – Os judeus e a vida econômica

Livro de Werner Sombart (1863-1941) publicado pela Editora Unesp (2014, 515 páginas). Título original: Die Juden und das Wirtschaftsleben.

Do prefácio: “As investigações de Max Weber sobre a conexão entre puritanismo e capitalismo forçosamente me levaram a investigar, melhor do que havia feito até o momento, o rastro da influência da religião sobre a vida econômica, e foi ao fazê-lo que me acerquei pela primeira vez da questão dos judeus. Isto porque o resultado de um exame preciso da argumentação weberiana foi que todos aqueles componentes do dogma puritano, que me parecem ter real importância para a formação do espírito capitalista, constituem empréstimos da esfera de ideias da religião judaica.”

(…)

“Fui levado a essa noção ao tentar tornar plausíveis para mim mesmo as transformações na vida econômica europeia que tiveram lugar desde o final do século XV até mais ou menos o final do XVII, e que fizeram que o peso econômico se deslocasse dos países meridionais para os países setentrionais da Europa.”

(…)

“Ao examinar o assunto mais de perto, tive plena certeza de que de fato eram os judeus que promoviam o crescimento em pontos decisivos nas localidades em que estavam e acarretavam o declínio de onde se retiravam.”

(…)

“Só então poderiam ser examinadas as possibilidades que tornassem plausível a aptidão específica dos judeus: a de serem fundadores do capitalismo moderno. (…) A total singularidade do aparecimento do capitalismo moderno é evidenciada por este fato que explica em partes a sua essência: só a combinação puramente “casual” de povos tão díspares e só o seu destino puramente “casual”, condicionado por milhares de circunstâncias, embasou sua peculiaridade. Não haveria capitalismo moderno e nem cultura moderna sem a dispersão dos judeus pelos países setentrionais do globo terrestre!”

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Piademia

O pandemônio da peste chinesa está sendo campo fértil para piadas de humor negro.

A primeira delas: fique em casa… enquanto ainda a tem. Se você mora de aluguel e fica em casa, logo acaba o seu dinheiro e você vai para o olho da rua. Se você é o dono da casa, não perde por esperar – os donos do mundo logo logo acabarão com a propriedade privada.

“Use máscara” – Nunca ouvi dizer que respirar mal faz bem pra saúde.

“A economia depois a gente vê” – O que a gente vê é a ignorância de quem diz isso – alguém que sequer sabe o que é economia.

“Não discuta comigo; meus argumentos são científicos!” – Ué?! Mas se a ciência é justamente o questionamento de tudo… Essa frase, na boca de políticos, artistas, jornalistas e estagiários soa como escárnio.

“Vacina Já!” – Do jeito que vão as coisas, a frase vai ser alterada para “Já tomou a sua vacina hoje?”

Numa trama kafkaniana, tudo isso seria muito gostoso de ver. Mas, acontecendo conosco, a coisa é bem diferente.

“Nas estórias, nos livros, não é desse jeito? A ver, em surpresas constantes, e peripécias, para se contar, é capaz que ficasse muito e mais engraçado. Mas, qual, quando é a gente que está vivendo, no costumeiro real, esses floreados não servem: o melhor mesmo, completo, é o inimigo traiçoeiro terminar logo, bem alvejado, antes que alguma tramóia perfaça!” – Grande Sertão: Veredas

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Tá na mão: Fraudemia

COVID-19: A FRAUDEMIA – Uma visão pela janela do maior embuste de todos os tempos, de Alessandro Loiola, MD, publicado pela Fontenele Publicações (2021, 212 páginas)

O autor é médico graduado pela Escola de Medicina da Santa Casa (EMESCAM) e autor de mais de vinte livros sobre medicina, fiosofia, psicologia, sociologia e geopolítica.

Da quarta capa: “A longa noite da Fraudemia está apenas começando, e o monstro à espreita não nos ameaça apenas com cerceamento da liberdade de expressão ou da liberdade de ir e vir, mas com a extinção da própria Liberdade de Pensamento. Nós venceremos, mas não sem muita disposição para pensarmos por nós mesmos, incansavelmente. Afinal, o Prêmio Maior não cabe aos fortes, aos inteligentes ou aos prósperos. O Prêmio Maior cabe a quem aguentar até o fim. Para chegar lá, não basta seguir em frente como quem procura água para matar a sede ou comida para matar a fome, mas como quem busca o pŕoprio ar para respirar.

“Costumo dizer que não existe sinal maior de Maturidade que conseguir ver as coisas o mais próximo possível de como elas são sem desesperar com isso. Minha prece é para que você saia desta obra enxergando um pouco melhor o mundo ao seu redor e sendo finalmente uma voz nele, e não mais um eco.”

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Linux 30 anos

No dia 25 de agosto de 1991, um estudante de engenharia finlandês usou a Usenet para comunicar que estava elaborando um sistema operacional – “just a hobby” – e concluiu no post scriptum: “it probably will support anything other than AT-harddisks”.

A coisa foi bem diferente. Dentre incontáveis façanhas desse sistema operacional, vou citar apenas algumas. Em 2018, a IBM comprou a Red Hat, empresa de suporte Linux, pelo valor de 34 bilhões de dólares – o maior negócio da indústria de software. Os satélites da Starlink (internet via satélite de Elon Musk) rodam Linux. Android é Linux. Os 500 maiores supercomputadores do mundo rodam Linux.

Se a tecnologia tem permitido aos donos do mundo concretizarem os seus sonhos de controle (um pesadelo para nós), as distribuições Linux, por outro lado, têm contribuído para dar uma sobrevida à nossa minguante liberdade.

Feliz aniversário, Linux; vida longa!

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