Sábado de manhã (bem de manhã), caminho pela Rua da Consolação. Numa esquina, páro esperando a passagem dos carros. Olho pro lado e vejo uma velhinha com um carrinho de feira repleto de garrafas térmicas, pães, bolos e bolachas.
– Aqui ninguém passa fome, hein!? – arrisco.
– Eu saio de manhã, dando café aos moradores de rua… Eu faço o que posso…
Lembrou-me a minha última conversa com meu amigo Dom Luiz Gonzaga Bergonzini:
– Estou tranquilo. Fiz o que estava ao meu alcance.
Pelas ruas do centro de São Paulo, uma velhinha sustenta uma civilização.
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