Antônio Carlos Magalhães disse uma vez que Fernando Henrique Cardoso era uma boa pessoa mas tinha um defeito: ria demais.
De fato, FHC é bem humorado, isso ninguém pode negar. Assim que deixou a presidência, ele estava ajeitando umas coisas no seu apartamento de São Paulo e um tapeceiro lhe perguntou:
– Conheço o senhor de algum lugar; o senhor por acaso não é o Antônio Ermínio de Moraes?
– Bem que eu queria ser mas infelizmente não sou…
Lembrei dessas histórias ontem, ao ver trecho da entrevista ao UOL onde FHC disse “Eu não conheço esse Olavo de Carvalho e nem quero…”
Pelo que conheço de Olavo, acho que o sentimento é recíproco.
Como quer que seja, o episódio também me fez lembrar de frases de ex-presidentes.
“A lei, ora… a lei.” disse Getùlio Vargas. E também teria dito: “Para os amigos, tudo; para os inimigos, a lei.”
“Esqueçam de mim” disse o voluntarioso João Figueiredo ao término do seu mandato.
“Terei de ser maior do que eu mesmo” disse o poeta José Sarney em seu discurso de posse plagiando “Aqui ao leme sou mais do que eu” de Fernando Pessoa.
“Tô mandando o Bessias levar o troço procê” disse dona Dilma na conjuração desbaratada a tempo pelo juiz Sérgio Moro.
“Tem de manter isso aí” foi a frase que imortalizou Michel Temer.
“Esqueçam o que eu escrevi” disse FHC ao ser questionado sobre as atitudes que tomava como presidente, atitudes francamente contrárias às suas teorias de ociólogo.
E, para finalizar, como este blog é um blog altamente cultural voltado a eruditos da História, vou deixar no ar uma tarefa de pesquisa para os meus três leitores. Procurem em suas enciclopédias o autor da seguinte frase:
“Ô, Zé, cadê a garrafa?”
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A mais famosa frase de FHC, foi: “Chega de nhem, nhem, nhem.”
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