Na manhã de ontem, um homem sequestrou um ônibus na ponte Rio-Niterói e ameaçou tocar fogo no veículo e matar todo mundo queimado. Depois de 4 horas de negociação, ele moscou e um sniper o enviou dessa para melhor. Alívio para os reféns, alívio para seus familiares, alívio para todos os que acompanhavam o caso.
Na sequência, o governador Witzel chegou de helicóptero ao local e, mal desceu da aeronave, ensaiou dar uns pulinhos de comemoração, no que não foi bem sucedido, fôsse por causa da barriga que o puxava para baixo, fôsse pelo perigo das hélices do helicóptero que ainda giravam a grande velocidade e ameaçavam arrancar-lhe a cabeça.
Os esdrúxulos pulinhos de Witzel tinham a sua razão de ser. Juntamente com ele, pularam todos os que se sentiram aliviados pelas vidas salvas, pularam todos os que se congratularam com o fim de 4 horas de agonia, pularam todos os brasileiros que ainda conseguem ter um pingo de compaixão e empatia por nosso pobre povo sofrido, diuturnamente submetido à violência oriunda do narcotráfico patrocinado pelo Foro de São Paulo onde traficantes e políticos se reúnem para contar dinheiro e arranjar um jeito de destruir as famílias e danar as almas sob o olhar omisso e cúmplice da nossa elite (seja lá o que isso signifique, a “elite brasileira”, essa contradição em termos).
A alegria de Witzel era a alegria de um povo que, pelo menos uma vez na vida, vê o bem vencer o mal.
“Hoje não chora a família de um inocente”
Bolsonaro
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