Um assessor de um dos filhos do Bolsonaro é suspeito de ter feito movimentações financeiras sem comprovação de origem.
Isso faz lembrar uma antiga e consagrada prática de contratação de assessores segundo a qual, caso o assessor ganhe mais do que mereça (por exemplo, um motorista que, na iniciativa privada ganharia, digamos, 2 mil reais, ganha no serviço público, digamos, o dobro), deve dividir a diferença com o chefe. Ou, pelo contrário, se um especialista que na iniciativa privada ganharia, digamos, 50 mil reais, é contratado pelo serviço público por 20 mil e a diferença é bancada pelo chefe em forma de, por exemplo, um cargo de conselheiro em algum órgão público, cargo esse que exige dedicação mínima e bom pagamento.
A administração pública está repleta dessas e outras esquisitices. É tanta lei, tantas amarras, que qualquer funcionário público pode ser enquadrado em alguma falta – por redução ao absurdo, um ministro da justiça teria que dar voz de prisão a ele mesmo.
A solução é muito simples, tão simples quanto difícil de ser implementada. Basta reduzir o tamanho do Estado. Tirar o governo do cangote do povo, diria Bolsonaro.
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