Essa gente é a peste

Olavo de Carvalho

O comunismo é uma mentira anti-cristã baseada na criação de antagonismos e sustentada por uma rede de relacionamentos que conduz à doença mental e ao homicídio.

Diz Olavo de Carvalho:

“Os comunistas e os seus simpatizantes são a facção humana que mais pregou e praticou a violência armada contra inocentes. O cálculo modestíssimo d’O Livro Negro do Comunismo é de cem milhões de mortos mas, na verdade, é muito mais porque depois da publicação desse livro se descobriu que na União Soviética não foram 20 milhões, foram 70, igual à China. A comparação que eu faço é que o comunismo matou mais gente do que todos os terremotos, flagelos e epidemias do século XX, somando as duas guerras mundiais. Na Segunda Guerra Mundial morreram 40 milhões de pessoas; os comunistas mataram quatro ou cinco vezes mais, em tempo de paz e da sua própria população.”

Viktor Frankl explica a loucura moderna: Freedom threatens to degenerate into mere arbitrariness unless it is lived in terms of responsiveness.

A liberdade tende a se degenerar em mera arbitrariedade caso não seja usada como um instrumento para responder adequadamente aos estímulos qua a vida nos apresenta. Em outras palavras: não importa que tipo de estímulo a vida nos apresenta; o que importa é a resposta que damos a esses estímulos.

Os comunistas cometem tantas arbitrariedades porque a vida para eles se resume ao materialismo histórico. Não há alma, não há bem, não há mal, não há crime, não há castigo, não há Deus – morreu, acabou. A resposta do comunista é o ódio. Ódio a tudo o que a tradição religiosa construiu porque ele acredita apenas na matéria e na ação humana revolucionária. O homem é tanto mais homem quanto mais age, quanto mais destrói, quanto mais mata, seja essa matança por meio do terrorismo moderno, concebido nos gabinetes de Lubianka e levado a cabo pelos muçulmanos colegas de caminho dos comunistas, seja pelo aborto, concebido nos gabinetes dos neomalthusianistas globalistas companheiros de caminho dos comunistas, seja por meio de leis que entregam a população civil nas mãos do lumpemproletariado, seja por meio da disseminação das drogas inventada pelos soviéticos, seja por meio do suicídio ou de qualquer outra armadilha que a imaginação possa conceber. O importante é matar.

Nós, entretanto, sabemos que todos os acontecimentos são oportunidades que a vida nos apresenta para escolhermos entre o bem e o mal, entre a virtude e o pecado, entre o amor e o ódio.

De todos os exemplos da Sagrada Escritura sobre a capacidade de resposta, o mais tocante é o da viúva pobre que vai ao Templo. Antecedem-na ricaços espalhafatosos – celebridades, diríamos hoje – que tocam trombetas e despejam no cofre de esmola moedas barulhentas que, na verdade, são restos das suas fortunas. Fazem estardalhaço para que todos notem a sua magnanimidade, como se Deus precisasse dos restolhos dos avarentos. Nosso Senhor Jesus Cristo assiste a tudo impassível, com rosto de pedra. Chega, porém, uma pobre viúva – a mais desamparada das figuras daquele tempo – com duas moedas na mão. Aproxima-se do cofre e solta uma moeda. Na fração de tempo entre a primeira e a segunda moedas, vemos Deus suspenso nas mãos de uma mísera criatura, como que esperando pela escolha da mulher – escolherá ela a gratidão, a entrega, a confiança, ou a revolta, a repulsa, o cálculo? Quando a segunda moeda sai da mão da viúva, Nosso Senhor, mais do que depressa, convoca os discípulos para lhes contar que algo grandioso havia acontecido: Esta mulher deu mais do que todos os outros juntos porque deu tudo o que tinha.

Os Evangelhos nada mais nos dizem sobre o destino da pobre viúva. Mas sabemos que Deus cuidou dela, como também vai cuidar de nós, pobres pé-rapados insignificantes desprovidos de poder, quando respondermos com amor aos estímulos – bons ou maus – que a vida nos apresentar.

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