No século XIX, Karl Marx disse que os proletários fariam a Revolução. Ele estava errado e a história se encarregou de provar isso.

No século XX, Herbert Marcuse o corrigiu. Quem faria a Revolução seriam os marginais – os bandidos, os drogados, os sem-teto, as prostitutas etc. Ele estava certo e é isso que estavamos testemunhando todos os dias – a Revolução em estado puro e em pleno andamento bem diante dos nossos olhos.

Os proletários não quiseram lutar contra os patrões porque queriam eles mesmos prosperar e se tornarem os patrões.

Os marginais, entretanto, querem e estão fazendo a Revolução. E aqui está o pulo do gato: Marcuse percebeu a necessidade psicológica dos marginais de transformarem a sociedade – “o sistema”, para usar um termo que virou jargão. Os marginais querem mudar “o sistema” porque se sentem vítimas.

“O sistema é o culpado por eu ter roubado e estuprado e assassinado alguém”.

“O sistema é o culpado por eu ter virado um drogado.”

“O sistema é o culpado por tudo de ruim que acontece comigo e pelo mal que eu faço aos outros… eu sou a vítima… os culpados são os outros…” (Os bandidos acreditam mesmo nisso.)

Ora, acontece que quem os insufla e os manda mudar “o sistema” são os próprios donos do sistema (via escolas, mídia e indústria cultural). O sistema hoje é dominado pelo grande capital – a Nova Ordem Mundial, ou o Clube Bilderberg, ou os metacapitalistas, ou a elite capitalista ocidental; dê o nome que quiser, são sinônimos. O grande capital ocidental foi quem financiou a União Soviética e, quando foi do seu interesse, abandonou-a e foi financiar a China. O grande capital ocidental é quem financia todas as iniciativas dos marginais. O grande capital e o comunismo são colegas de caminho; às vezes se ajudam, às vezes se engalfinham. Mas têm como meta comum destruir o Ocidente (leia-se Cristianismo).

A estratégia marcusiana de colocar a culpa nos outros atinge em cheio a doutrina cristã, que prega a responsabilidade pessoal pelo mal e ensina que o caminho para evitá-lo é a luta pela santidade pessoal – a luta contra o pecado, em outras palavras.

Por isso, Cristianismo, pecado e santidade são palavras proibidas na mídia, na escola e na cultura.

Abra o olho, rapaz, você está sendo usado de bucha de canhão!

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