Na corrida eleitoral de 2010 para a Presidência da República, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini mandou imprimir um folheto orientando os católicos a não votarem em abortista. Embora o documento não citasse nomes, o PT e a sua coligação de partidos, vestindo a carapuça, conseguiram que o Judiciário mandasse apreender o folheto. Uma apreensão ilegal, evidentemente. Tão ilegal que meses depois o Judiciário liberou os folhetos para distribuição. Mas aí já estávamos em 2011, já era tarde. (Encontrei-me com Dom Luiz Gonzaga Bergonzini no exato dia da publicação da decisão judicial e recebi das mãos do saudoso bispo um exemplar do folheto, que guardo como relíquia.)

Logo após as eleições, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini mandou ler, no fim das missas, uma carta em que contava a saga que atravessara no período, incluindo as ameaças de morte. Ao concluir a carta, agradecia o apoio de várias pessoas, dentre elas, o pastor Silas Malafaia. E se alegrava por, na velhice e quase no fim do seu mandato episcopal, estar sendo tão perseguido pela sua dedicação a Cristo.

O mesmo Silas Malafaia, poucos anos depois, saiu em defesa da Igreja Católica ao criticar a profanação de símbolos católicos ocorrido num desfile gay em São Paulo. Por suas críticas, foi processado e, segundo sei, o processo corre até hoje. Por incrível que pareça, um protestante é hoje o maior defensor da Igreja Católica no Brasil! Sinal dos tempos.

Sexta-feira passada, o Brasil inteiro foi surpreendido pela condução coercitiva de Malafaia. Segundo especialistas, o mandado é ilegal, como ilegal foi a apreensão dos folhetos de Bergonzini.

Por isso, os católicos têm o dever moral de gratidão de apoiar o pastor Silas Malafaia em sua hora mais difícil. Os senadores Marcelo Crivella e Magno Malta divulgaram vídeos de apoio nas redes sociais. Até Alexandre Frota publicou dois vídeos no YouTube.

É hora dos católicos saírem a campo e darem a cara a tapa para cumprirem o mandamento de Cristo:

– Não foram dez os curados? Onde estão os outros nove? Só um voltou para agradecer?

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