Vamos fazer um exercício de imaginação e voltar no tempo, uns dois anos atrás. Quem diria que dona Dilma seria tirada do poder na marra? Quem diria que o PT minguaria até virar um partido nanico?
Tudo isso só foi possível porque fomos às ruas. Tudo começou timidamente no fim de 2014, tomou corpo em 2015 e chegou aos milhões no presente ano. Os céticos ficavam em casa com a barriga cheia de macarrão dizendo: não adianta nada.
Adiantou sim e conseguimos uma grande vitória. Em São Paulo, particularmene, o voto foi muito mais anti-PT do que pró-Dória, embora, evidentemente, o empresário tenha o seu mérito por ter feito a sua parte – a lição de casa, como se costuma dizer. Mas não nos iludamos. O PT pode ter sido derrotado mas o comunismo (ou socialismo ou marxismo ou esquerdismo, tanto faz) vai muito bem, obrigado. Para derrotarmos o comunismo, ainda vai demorar muito, mas muito tempo, talvez o resto das nossas vidas.
Mas já sabemos como fazer: o povo na rua, seja em mega-manifestações seja em micro-manifestações, o tamanho não importa. O que importa é ir para rua reivindicando a pauta certa. Como está fazendo, por exemplo, o grupo em vigília em frente ao hospital Pérola Byington, rezando pelo fim da matança de bebês.
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