Na Fazenda dos Tucanos, o bando de Zé Bebelo – com Riobaldo mais Diadorim – descansava. Eis que os sorrateiros hergógenes fizeram o cerco e surpreenderam os bebelos no nascer do sol. No meio do tiroteio que se prolongou, Riobaldo percebeu, ao seu lado, a presença constante do jagunço urucuiano Salústio João.
Desconfiado, Riobaldo esbravejou:
– Que que é? Tu amigou comigo?!
Salústio, surpreso com a bronca, respondeu:
– O senhor é atirador! É no junto do que sabe bem, que a gente aprende o melhor…
“Pois o urucuiano Salústio João mais olhei. Ali, ajoelhado, ele mirava e atirava. Atirava e fechava os olhos. Quando abria outra vez, queria ver alguém vivo?”
O mundo moderno parece Salústio João. Age como pagão e quer ver um mundo cristão. Age como se Deus não existisse e não quer ser chamado de infiel pelos muçulmanos. Quando tudo dá errado e o Islã avança, os pusilânimes “cristãos” chamam os muçulmanos de radicais. Os pamonhas ocidentais querem que alguém (pronome impessoal da terceira pessoa) resolva o problema para eles e dê um jeito nos extremistas islâmicos. É um choque risível: uma bolha de sabão contra uma bola de aço.
Salústios modernos, os ocidentais agem como se Cristo não existisse; como podem se surpreender com o avanço do Islã?
Os cristãos de hoje lembram o ponto 683 do livro Caminho, de São Josemaría Escrivá:
Vejo-te, cavalheiro cristão (dizes que o és), beijando uma imagem, mascando entre dentes uma oração vocal, clamando contra os que atacam a Igreja de Deus…, e até frequentando os Santos Sacramentos.
Mas não te vejo fazer um sacrifício, nem prescindir de certas conversas… mundanas (podia, com razão, aplicar-lhes outro qualificativo), nem ser generoso com os inferiores… – nem com a Igreja de Cristo! -, nem suportar uma fraqueza do teu irmão, nem abater a tua soberba pelo bem comum, nem desfazer-te do teu forte invólucro de egoísmo, nem… tantas coisas mais!
Vejo-te… Não te vejo… – E tu… dizes que és um cavalheiro cristão? – Que pobre conceito fazes de Cristo!
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