A última fabricante de aparelhos de videocassete VHS vai encerrar a produção em breve. Game over.
Os mais jovens talvez não tenham idéia do que isso significa. Seria, mais ou menos, como se a produção de smartphones fosse encerrada, deixando para trás um tempo de capas, películas, carregadores, selfies, redes sociais, tudo substituído por uma tecnologia mais avançada e por novos costumes.
No Brasil, o videocassete se popularizou na década de 1980. Permitiu trazer para o lar a comodidade de assistir os filmes que quisesse no momento que quisesse, sem comerciais. Os filmes podiam ser comprados ou alugados. Se alugados, a locadora ordenava que os filmes tinham que ser devolvidos rebobinados sob pena de multa. O feliz proprietário de um videocassete podia também gravar um programa – futebol, novela, documentário – para assistir mais tarde, quantas vezes quisesse. O aparelho podia até ser programado (embora esta operação fosse uma verdadeira confusão). Quem tivesse uma câmera (caríssima), podia fazer imagens da família para ver no videocassete – recordações vivas para sempre. Que maravilha! Lembre-se: a tv ainda era de tubo de raios catódicos – um trambolho.
Fim do videocassete, fim de uma época.
Mas, como diz a música,
sempre foi assim e sempre será
o novo vem e o velho tem que passar
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